domingo, 4 de agosto de 2013

Alice, não me escreva aquela carta de amor

Decidi escrever. te reescrever. Te inventar e reinventar pra mim mesma. Decidi me entregar. Me delatar. Me deleitar em frases. Em palavras, Em pausas... em [des]créditos... em [de]méritos... Resolvi me rasgar. Me debulhar. Me arriscar. Me riscar... com tinta e canivete. Decidi refazer. O caminho. O acaso. O destino.Resolvi me magoar. Pra que vc não precise fazer o trabalho sujo. Decidi limpar. Apagar. Manchar a carbono. Sem cópia, Sem via. Sem recibo. Resolvi mandar. Às favas. Ao inferno. Ao inverno gelado. Congelante. Inquebrável. Decidi desmistificar. Você. Sem sombra. Sem reflexo. Hectoplasmei. Resolvi equacionar. Resultar. Matematicar a alma. dois e dois quase sempre dá quatro. Quarto. Mas às vezes dá cinco. Zero. Qual a raiz quadrada de não amar? Em x decidi marcar o dia de hoje. Como o não começo. Não história. Não estória. Só fração. Decimal. Carnal. Tchau!

  *Alice está de volta




2 comentários:

Tati disse...

Alice está de volta mesmo?! Tomara!

[e adorei os colchetes... uso e abuso deles na matemática que há na minha confusa gramática...rs]

Tudo misturado disse...



Tem pessoas que parecem ser feitas de música, aquela música que a gente nunca se cansa de escutar. essa é cassia eller nunca me canço de escuta-la