domingo, 4 de agosto de 2013

Alice, não me escreva aquela carta de amor

Decidi escrever. te reescrever. Te inventar e reinventar pra mim mesma. Decidi me entregar. Me delatar. Me deleitar em frases. Em palavras, Em pausas... em [des]créditos... em [de]méritos... Resolvi me rasgar. Me debulhar. Me arriscar. Me riscar... com tinta e canivete. Decidi refazer. O caminho. O acaso. O destino.Resolvi me magoar. Pra que vc não precise fazer o trabalho sujo. Decidi limpar. Apagar. Manchar a carbono. Sem cópia, Sem via. Sem recibo. Resolvi mandar. Às favas. Ao inferno. Ao inverno gelado. Congelante. Inquebrável. Decidi desmistificar. Você. Sem sombra. Sem reflexo. Hectoplasmei. Resolvi equacionar. Resultar. Matematicar a alma. dois e dois quase sempre dá quatro. Quarto. Mas às vezes dá cinco. Zero. Qual a raiz quadrada de não amar? Em x decidi marcar o dia de hoje. Como o não começo. Não história. Não estória. Só fração. Decimal. Carnal. Tchau!

  *Alice está de volta




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Technicolor

E de tão amarela
Acordou roxa
Lilás de pensamento azul
Num sabor vermelho
do vento verde que
trouxe você até aqui
em preto e branco!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Na guerra qualquer buraco é trincheira

Tá, meio afastada. Muito.
Mas minha vida tá pior que traficante entrincheirado (opa!) no Alemão.
Trabalho, trabalho, trabalho.
Se amontoam na mesa, na cama, no banho.
Caraleous.
Mas ok. Deu tempo de ir a Sampa.
E chorar feito uma mulherzinha de fronte a Sir Paul McCartney.
Assisti ao show sozinha. Sim, pq houve um desencontro bárbaro duzzameego.
Tudo bem. Não tava afim de largar a vip para ir pro povo.
Ai gente, chega uma hora na vida que você quer e precisa de um up.
Nem que seja estar na lista dos convivas e imprensa, e afins.
Também estou na lista da festcheenha da Lacraia (pocotó pocotó pocotó). Ok.
Não vou reclamar.
A-may o show. Chorei baldes, como acima informado.
Me lembrei de mim naquela cadeirinha de palha que tinha lá em casa
ouvindo os discos que meu pai não deixava mexer, com ele
Obladi Oblada...
Saio do Morumba e o que acontece?
A Vivo, claro, morta para não paulistas.
Não achava ninguém. Não via ninguém conhecido. Ateki...
Levanto a cabecinha, e dou de cara com o Mr. Little.
Pataquiparau!
64 mil mortais e dou de cara com ele.
Ah faiçavor.
E com a zica a tiracolo??????????!!!!!
Pataquiparau (2)!
Fingi q não vi. Mr. Litlle fez o mesmo.
E a zica saiu correndo na multidão atrás dele.
Antes do Paul, teve chope cazzameega paulistas.
Super noite de risos e descobertas e achaques ao
moço para uso tópico.
Ei, moço para uso tópico, hoje a gente ri de você.
Muito!
Até os calhordas te dão algo de bom além do sexo que, se um dia
achou que fosse divino, não passa de um 3,2,1 bem vagabundinho.
E na sequencia teve samba.
E samba mexe com as incorporações ancestrais.
Apesar de loura, cabelo liso, pele branquinha
Tenho uma negona poderosa aqui dentro
que se bobear se comunica em Iorubá.
Enfim, a vida não tem sido só de apreensão e guerra.
Se bem que ando meio armada com uma AK47.
O Rio de Janeiro continua lindo.
O décimo-terceiro bate á porta.
E é hora de torcer pra que este ano de bosta acabe o quanto antes.


#meapaixoneihojevendotv.

domingo, 22 de agosto de 2010

Se beber não pegue ningém de roupão



Depois de uma temporada no Tibet imaginário, caí na vida mundana.
Profanei meu corpo com doses a mais de destilado, doses a menos de qq alimento e lá pelas tantas parecia o coelho ricochete falando sem parar. A impressão é que eu tinha sugado todo gás hirdogenio de uma bola de cinco litros, ALOKA!. Vi uma foto da noite e meus olhos estavam Tao arregalados q quase nao me reconheci.
Rebordosa fatal.
Pior foi ter me transformado na Linda Blair logo de manhã, verde e com a cabeça girando. Estômago revirado, passeI o dia prostrada numa cama. Ao longo de um e outro acordar e dormir, fui me lembrando do que aconteceu.
E aí lembrei q tinha uns caras de roupão na festa.
Roupão? Quem sai de roupão?
E quem PEGA um cara de roupão? Sim, PEGUEI.
Nem me lembro da cara. Só do roupão meio azul, bem feio.
Vamos piorar a situação: o Multishow filmaVa a turma de roupão e não sei bem, mas vi uma luz em minha direção quando deixei o carinha de roupão.
Pelamorde, só falta eu, nos meus 15 minutos de fama, aparecer em rede nacional agarrada a um roupão!
Alice, não desce, sijoga desse lustre!
Uma amiga, no entanto, me tranquilizou. Segundo ela, tem q me pedir direito de imagem.
Bom, neste caso rola um processo e ainda me dou bem.
Será q assinei algo?

Se beber não faz a Lindsay e não pegue ningém de roupão

segunda-feira, 26 de julho de 2010

À mulher da minha vida

"Não escrevi pra vc, Vó.
Não conseguia. Não devia. Não chorava.
Passados dois anos, dói duplamente não te ter aqui. E passar sob sua janela não me conforta.Nunca estive preparada para essa renúncia de corpos, onde minha alma tenta tocar a sua. Tento encontrar no nosso passado algumas imagens que me atestem que eu te amei tanto quanto você me amou. Que me mostrem o quanto fui importante no seu cotidiano nem tão católico assim.
Talvez hoje quisesse um pouco mais do seu cheiro, de seus cabelos cor de neve, da sua peculiar maneira de encarar a vida. Talvez quisesse me deitar em seu colo e ficar entrelaçada em suas mãos enquanto você me pedia para lavar as minhas ao chegar em casa. Talvez ficasse mais tempo com você. Talvez deixasse você chorar toda a dor do mundo. Talvez algo em mim também não morresse.
Os dias aqui continuam difíceis, trôpegos, atropelantes.
Penso, às vezes, confesso, em quem vai rezar por mim no início da tarde.
Meu telefone não toca mais nos preguiçosos raios da manhã nem nas primeiras horas de escuridão. Ninguém mais se preocupa com minhas saias ou com as toalhinhas do banheiro. Os panos de prato vão ficar velhos, pode apostar. E não terá ninguém aqui para trocá-los. Acho que nunca mais vou querer bolo de laranja. Nem ir à banca de pra comprar figurinha. Não vou ouvir o rádio. E também não mais darei espaço para as discussões políticas. Mas pode deixar que, chegando em casa, limparei os sapatos, colocarei os sabonetes entre as roupas e tentarei zelar pela saúde mental. A física, você sabe, "Ele" sempre dá um jeito.
Tenho pensado demais em você. Tenho lembrado de você e, às vezes, a sinto muito próxima. Sobretudo nesses dias em que o vazio toma conta da porta de entrada.
Sabe, Vó, continuo errando muito. Até bem mais que gostaria. Mas tento, você bem sabe, acertar. Nesse desatino temporário acabei encontrando um bom motivo pra tentar ser uma mocinha mais exemplar. Sei, no entanto, que você não gostaria que eu fosse exemplo pra ninguém. Não esse que todo mundo considera ideal. Me orgulho em saber que trago no sangue um pouco de sua explosão. Andei meio passiva esses dias. Meio triste. Mas já passou, fique tranqüila.
Em meus sonhos peço que você esteja em bom lugar.
Preciso acreditar que exista um lugar...
Preciso saber que um até breve é possível...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ego have a nice trip!

Cof
Cof
Cof cof cof cof

Vamos sacodir este espaço empoeirado com Rock!

Ando num período de experiência. Comigo mesma.
Após uma temporada no limbo, questionando, odiando, enchendo de farpas o próprio coração e o alheio, estou me sentindo nova de novo. Se isso vai durar 48 horas ou duas semanas. Dois anos ou mais, não sei. Só sei que está sendo bom.
Está sendo bom não ansiar por um romance, uma história, um descaso, um acaso ou um lance.
Não.
Não está sendo penoso chegar em casa, colocar aquele som bacana, acender o insenso de cereja, ligar o imenso Cristo, agora com luz verde, e sentar sem dizer uma palavra, sem pensar em nada que não seja bom.
Após 12 anos, entre casamentos e amigos, moro sozinha pela segunda vez. Aí, e que delícia!
Porque agora não tem a urgência de festas de garagem.
Porque agora tem boa bebida e bons discos.
Porque agora não tem que conviver quando não se quer.
Porque agora sou eu e minhas circunstâncias.
Porque agora não sobra espaço.
Porque agora tem espaço de sobra para mim.
E tô por aí, me transformando, subindo aos lustres.
Ora descendo pra ver como anda o mundo.
Mas em sua maioria, ficando aqui em cima com a desculpa de me reconhecer.


Um pequeno mimo (acendam um incenso, adotem um vinho e ouça bem alto de olhos fechados)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

E eu finalmente estou aqui

Noutro dia, disse a uma amiga que a gente sabe quando será a última vez que dormimos com alguém. Não sei qto a vcs. Mas eu sempre soube escutar o silêncio do adeus iminente. Ele acontece num carinho diferente, num abraço ou numa simples frase: "que bom que a gente proporcionou prazer um ao outro". Poderia passar batido. Poderia soar como algo romântico. Mas não foi. No fundo, eu sabia o que aquilo muito provavelmente queria dizer. Podia ser inconsciente. Mas era uma manifestação. Seja ela qual fosse. Simples. Era.
Na última vez que nos vimos não nos proporcionamos o tal prazer. Apenas o de ficar junto. Mas não era mais a mesma coisa. Existe uma confluência quando a gte quer muito o outro. Mas quandonao desejamos mais aquilo que pensamos desejar durante tanto tempo, surgem as questões. E a questão pra mim já era o que eu estava fazendo ali. Por que ainda estava jogando uma partida perdida.
Dali a dias, aconteceria o game over.
Provoquei uma resposta que não veio objetivamente. Mas, nas entrelinhas a ouvi. E por mais estranho que pareça, junto veio um alívio. Agora é 100% não. Mas 100% sim pra recomeçar do zero.
Nos últimos seis meses, me diverti muito. Tive dezenas de boas noites de sexo, que não foram apenas sexuais. Cheguei a fazer planos. Pensei em futuro. Quando, na verdade, eu sabia que nem havia presente.
O passado, no entanto, foi bom. Mas me sinto liberta de alguma forma. Liberta da necessidade de ter alguém pra chamar de seu. Liberta do se. Pq se é uma tormenta lenta, um maremoto que chega sorrateiro e nunca vai embora. Se é um talvez sem chance de sim. Entoa, pra nao ser exato, pq ser inóquo?
Este não é um post de mágoa. Mas de constatação. Não é de desilusão. Mas de reprogramação. Quero um tempo só meu. Só pra mim. Me sinto num renascer. Com um profundo amor por mim e pelas coisas que conquistei e pela pessoa que me tornei. Não quero virar as costas pra mim e pras coisas que sinto. Mas tb não sei se quero abrir a guarda tao cedo outra vez. Um dia de cada vez. Um só por hoje para as coisas que não estao legais. Os doze passos pra felicidade plena. E um adeus sincero ao que já não faz parte da vontade.
Que a próxima última vez seja pra recomeçar do ponto de partida. Com alguém que valha novamente a pena. Tudo o que foi, mesmo sem ter sido tudo, foi válido.
Acabou.
Mas não é uma pena.




a letra diz algo assim:

Eu finalmente vou amar hoje
Eu finalmente vou me libertar
E eu finalmente achei a chave
Mas eu não vou cedê-la facilmente

Hoje é um novo dia
Um novo dia para começar novos caminhos
Mas estou fazendo isto por mim
Faz algum tempo desde que me senti livre

Custou algum tempo para eu chegar lá
E estou pegando uma lembrança
Parece que não há nada que eu deva temer
Quando tudo agora parece tão claro

E eu finalmente estou aqui

Estou finalmente me pondo em primeiro lugar
E não me importa se isso pode doer
É hora de rastejar para fora da minha concha
A concha dura que uma vez eu construí

Custou algum tempo para eu chegar lá
E estou pegando uma lembrança
Parece que não há nada que eu deva temer
Quando tudo agora parece tão claro

E eu finalmente estou aqui