segunda-feira, 28 de julho de 2008

Foi bom pra você?

Então tá.

Se já não bastasse o Dia dos Namorados temos agora o Dia do Orgasmo. E bem no dia 31 de julho. Aos 47 do segundo tempo, que é pra dar tempo do tempo conspirar a nosso favor e, quem sabe (acho muito improvável, mas...) ter um orgasmo.



Oooi????
Quem diabos inventou isso????
Apelei. Pro Google nosso de cada dia. Pro Wikipédia.
Bom, de cara descubro que a parada é mundial. Ou seja, no Srilanka vão comemorar. Entre vacas sagradas, templos e gente que pratica o kama sutra sem querer trocar a cor do teto.


A data foi criada há quatro anos por sex shops inglesas. An-hã. Sim, temos mais uma data comercial. Que me desculpem os religiosos, mas foi o mesmo que criar aqui no balneário o Dia de São Jorge. Já viu como o santo agora é pop???? Tem fitinha, camiseta, bandeirinha, medalhinha, bolsinha, calcinha. Ooops! Calcinha de santo. O santo guerreiro... Hum, se bem que tem a ver. Pode até existir correlação. Afinal, o cara matou um dragão pra entrar na lua. Deve ser o mesmo que encontrar o Ponto G!


As tais lojas decidiram criar o dia ao realizarem uma pesquisa e constatarem que 80% das inglesas jamais tinham chegado a um orgasmo.


Comassim????????? E precisava de pesquisa?????

Um amigo, paulista, gte boa apesar disso (uhauha. Não me joguem pedra e entendam a ironia) morou em Londres durante um ano militando em subempregos. Nunca comeu tanta mulher na vida dele:



_ Ora, meu, trepei muito cas inglesa... E, meu, pensa que tem frescura? Nada. As mina já chegamcheganu. Tem essa de beijin na boca não, mano. É só parti potel (tecla sap: PartiR para o Hotel). Tem essa miserin de ficá paganu janta não. É encostá na mina e pápum (tecla sap: sem jogaR a conveRsinha mole).



A vida sexual do meu brother melhorou muito. E provavelmente a das inglesas , também. (Apesar de que nunca vi o mano em ação).

Pensando na infelicidade geral da nação de Queen Elizabeth, a associação comercial de estabelecimentos comerciais de produtos eróticos/recreativos decidiu promulgar a data e conseguiu adeptos em outros continentes. Nenhuma pesquisa pós-data criada foi feita pra saber a qtas anda o orgasmo interplanetário. Mas a se julgar pelo número de vibradores disponíveis em qualquer lôjinha do esquina, neguinho deve estar gozando horroreeeees. Ou pelo menos não precisando necessariamente de um outro ser do sexo oposto, ou não, entre quatro paredes, matinho, capô de fusca. Fiquei pensando, porém, na mulher que jamais soube o que é ter orgasmos. Que nem sabe soletrar a palavra oriunda do ...

Uórever.

Por definição, orgasmo é conclusão da fase do platô (Oi?) do ciclo de respostas sexuais. Pode ser experimentado por ambos os zéquiçus, dura apenas breves segundos (hum, é) e é sentido durante o ato sexual (nem sempre) ou a masturbação (S-e-m-p-r-e) causando uma intensa excitação das zonas erógenas genitais (calor na bacurinha). O orgasmo pode ser detectado com a ejaculação (eles tb fingem heim, minha gente!) na maioria das espécies de mamíferos masculinos (Achou o que, que macacos só mordessem?). O orgasmo é caracterizado por intenso prazer físico, controlado pelo sistema nervoso autônomo (ou seja, a parte do cérebro que não quer pintar o teto de azul) acompanhado por ciclos de rápidas contrações musculares nos músculos pélvicos (já nos primeiros gemidos) inferiores, frequentemente associados a outras ações involuntárias, como espasmos musculares em outras partes do corpo, um sensação geral de euforia e, com freqüência, vocalizações (Oh Yes, oh yes, isso, aí Ai Ahhhhhhhhhhhhh Uhhhhhhhhhhhhh Wowwwwwwwwwwwwww. Putaquiopariu!). A ausência do orgasmo de forma continua é considerado uma doença denominada de Anorgasmia. (É fia, tá lascada se tiver isso).

Enfim, assim parece simples. Tipo Sally comendo a salada no restaurante (Harry e Sally feitos um para o outro). Mas nem sempre é. Não mesmo. E não adianta ler na Nova todo mês aquelas dicas do manual lacrado do zéquiçu. Ninguém se transforma numa deusa dominatrix com o corpo besuntado de óleo numa virada de página. Tb não sei o que se deve fazer. Mas fingir é ruim demais.

É, já... Já sim, pq? Quantas vezes??? Ah sei lá. Algumas. Pra acabar rápido, sabe? Tem hora que é um saco ficar ali trocando de posição, jogando perna pra um lado, tendo que prestar atenção ao outro... É, desculpa dizer, mas nem todas foram boas. Enganei direitinho? Ah, td mundo engana...

Aposto meus belos fios louros hidratados com Kerastase que vai ter muita mulher desesperada atrás do primeiro fio dental que vir pela frente pra garantir a sodomia na próxima quinta. E quem não tem um parceiro fixo, vai tratar de arrumar um macho delivery pra não passar a data em branco.

Eu já decidi. Meu Dia do Orgasmo será comemorado numa pista de dança com meus amigos pra ter intenso prazer físico, bebendo um uísque que deixará o lado autônomo do sistema nervoso sem critério suficiente pra tomar decisões rápidas, os músculos pélvicos não vão estar pulsando em nenhuma direção que não seja a do banheiro mais próximo, espero não ter nenhum tipo de espasmo na manhã seguinte, e nem acordar com um desconhecido que me faça emitir vocalizações e tampouco levá-lo para a minha cama em estado de euforia. E que a data passe em breves segundos para não ter que me lembrar qual foi o último orgasmo que tive.

* Tá. Não faz tanto tempo assim...

Um pouco de fuck music pra celebrar!

domingo, 20 de julho de 2008

Foice





Descortinou
Acabou
Uma poeira apenas
E bastaram dois minutos pra você não existir mais
Foi só enxergá-lo como é de verdade
Tirei o véu que coloquei pra que ficasse mais interessante
E aos meus olhos apareceu
Patético
Desmoronando
Envolto em enredos
Sempre à procura de torpor
O leve torpor dos outros
Buscando características que não são suas
O alheio que o promove
Foi-se
Em mim, foice
Estou de volta
Ao meu redor, só eu
Não mais você
Não mais em mim
Chegou
Findou
Deu
Demorô
Aproveite o que restou de você por aí
Não mais aqui...
Uau!
Vida nova, finalmente
O daqui pra frente


Contra a corrente

"Palavras desaparecem
Palavras que já foram tão claras
Apenas ecos passando pela noite"

Sabe aquela máxima de que pra estar vivo é necessário plantar um livro, escrever um filho e ter uma árvore??
Ah, tá. O contrário, UÓrever...
A questão é que as cobranças para que o ser humano dê certo são sempre superlativas. Existe àquele todo com seus códigos e convenções. Pra que vc seja aceito pelos membros do clube não pode ter nenhuma bola preta na caçapa. Se você foge às regras muito provavelmente tem sobre si um certo olhar de reprovação. Ou de pena, o que é bem pior.

Nunca quis gerar um filho.
Algo que talvez tenha ficado mal resolvido lá atrás na infância e que em algum breve tempo de terapia não submergiu. Em grande parte das vezes sou vista como uma aberração por acreditar que exista vida possível além da maternidade. Mães me cercam contando das fraldas cheias de cocô amarelinho, verdinho, durinho, molinho. Do catarro que ficou verde, amarelo, branco. de quantas vezes o pimpolho acordou no meio da madrugada. Do preço da fralda, do leite, da chupeta.
Sinceramente, não tenho o menor talento pra isso.
Em contrapartida, sou a tia mais incrível que já conheci.
Não faço a linha tatibitai, sou permissiva, conto história, entro no mundo da fantasia dos pequeninos e já me transformei em super-heroína pro meu sobrinho: a super-tiacalina!
Meu amor por ele é incondicional. Saltaria de um abismo para salvá-lo de qq desventura. Daria meu braço se preciso fosse. Adoro dormir agarrada a ele, quando estou meio pra baixo (é, acontece), me esparramo em seu colo e a seu lado e to pronta pra outra. Esse querer bem, esse gostar é tão mão dupla e tão franco. E o melhor, não tenho responsabilidade em educá-lo, ou criá-lo. Mas apenas em amá-lo.
Alguns podem acreditar que isso é correr do pau. Uma fuga do mundo adulto. Afinal, o que seríamos se não fossemos meros procriadores.
Seríamos felizes.
Cada qual a sua maneira. Sem a necessidade de ser o que não podemos ser ou não queremos ser.
Vi um filme esta semana que me remeteu a essa reflexão. Em Flores partidas", o genial Bill Murray é Don, um cinquentão que passou por inúmeros relacionamentos sem se envolver de verdade em qualquer um deles. Logo no início da história, Don leva o trocentésimo pé na bunda (na verdade articulado insconscientemente por ele próprio) e recebe uma carta sem remetente, sem endereço dizendo que ele tem um filho de 19 anos. Don não parece abalado com a nova realidade e conta ao amigo Winston (casado e pai de cinco filhos) a tal novidade como se diussesse que o leite aumentou mais uma vez. Com mania de Sherlok Holmes, Winston faz um CSI na vida das namoradas de Don há 20 anos e faz com que o amigo, sempre meio letárgico, embarque numa viagem ao seu passado. Não vou contar aqui o fim ou os desdobramentos, mas quem viu sabe que Don passou a ter uma perspectiva de vida que não era a que ele queria, mas passa a acreditar que encontrar um filho é legal. E me pus a pensar em quantos de nós não faz o mesmo, seja em relação a filhos, árvores, livros e relacionamentos. Nem sempre vc quer seguir a trilha lógica, mas acaba percorrendo caminhos que justificam sua existência diante de costumes e pré-conceitos.

"Eu tento ver além do disfarce
Mas as nuvens estavam lá
Cobrindo o sol "
Quem somos se não plantarmos um filho, escrevermos uma árvore ou tivermos um livro?


sexta-feira, 18 de julho de 2008

O poder de negociação

Certa vez, um namorado me disse que havia me escolhido porque eu era uma mulher adequada a ele. Na hora não refleti sobre. Mas ao chegar em casa pensei: vou terminar com esse merda.

Mulher adequada?
Deve ser um dos piores adjetivos que recebi na vida.
Mas esta história acontecida há zilênios me perseguiu esta semana. E pensei no que a tal adequação implicava e pq ela era tão importante para o mundo masculino. Imediatamente interliguei a adequada à mulher pra casar. E a dura constatação é de que ainda somos, sim, divididas em categorias. Tal qual cartão de crédito. A versão básica, a platinum e a gold. Vamos às configurações:

a - Versão básica
Desprovida de muito poder de negociação. Possui limite curto. No máximo consegue um cineminha, um jantarzinho e um motel de quinta. Pelo menos uma vez por mês é procurada, caso não exista maiores perspectivas de gasto com platinum e gold, o que poderia comprometer o orçamento. O basic card jamais é utilizado no fim de semana, no máximo pra trocar o óleo do carro rapidamente à tarde, na volta da pelada com os amigos. Obviamente, o basic está louco para se tornar um gold, mas sabe que a possibilidade é muito remota.

b - Versão Platinum
Ela já consegue fazer compras em moeda estrangeira e viagens internacionais. Possui pelo menos mais 10 vantagens que a básica. Um emprego dos sonhos, um carro do ano, roupas caras, bom gosto para vinhos e permite ao comprador maior liberdade para gastar como quiser. Normalmente, já esteve com outros compradores antes em situação de exclusividade e não está desesperada para se tornar gold. Sabe de seu poder de mercado e joga alto. Ainda assim, perde para o Gold que é sem limite.

c- Versão Gold
Como o próprio nome diz, é ouro puro. Sem regras de utilização, propõe o mundo de sonhos que um pedaço de plástico pode adquirir. Assim como a versão básica também quer ser exclusivo, mas sabe que em tempos de vacas mais magras vai concorrer com o platinum. No entanto, não demonstra sua aflição. É segura, inteligente, manipuladora, discreta e muitas vezes sai da joalheria com aquele anel de brilhantes que tanto cobiçam a básica e a platinum, por mais que a platinum possa comprar o seu próprio anel.

É uma analogia apenas. Mas dá bem a noção das mulheres adequadas a cada tipo de homem. Na realidade, ser adequado a qualquer coisa deve ser muito chato, pois se decidir em algum momento parecer original vai chocar quem o achou adequado. Conheço um outro cara que só se casa com professoras. Provavelmente está prestes a se casar com mais uma. É uma espécie de serial killer do magistério pq acha que estas são mais adequadas ao seu way of life. Outro, só quer as comprometidas pq jamais quis compromisso e outro só gosta de meninas mais novas, pelo menos 20 anos, para não se lembrar que seus 50 já pesam no dia-a-dia. Quanto ao namorado que me achava adequada, levou um pé, claro. Mas antes perguntei o pq de me achar adequada. E não satisfeito me diz: "Pq vc é uma mulher que está à minha altura".
Era mesmo o fim.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pra me chamar de sua



Essa música fala de coisas inerentes a mim, a muitas de nós. Alguém duvida de que uma mulher é capaz das mais loucas aventuras - e até desventuras - para se fazer apaixonante? Imagino que não. Tão insanas, tão vorazes, lúdicas. Fadas que não usam varinha de condão. Seres da noite...Do dia. Onipresentes... A todo minuto imaginamos o que fazer, como executar. Surpreender é mais significante e aterrador que simplesmente abrir a caixa de Pandora. E nesse caso, nem todos os males do mundo saem de uma vez. Bruxas pequeninas com seus caldeirões evaporando poções de amor intransitivo. Que transitam pelo mundo de seus pares entranhando, divagando, estranhando. Uma bailarina em tule de sedução encantada de cor de anis seduzindo de sapatilha sem ponta. Somos tudo o que queremos e nem podemos ser. Somos tudo o que o outro precisa e nem sabe. Mas nós sabemos. Com desespero, desesperança e desatino. Pintadas de ouro delineadas em carvão de estado bruto. Diamantes lapidados com observância e apreço. Um risco pra se fazer entender nas entrelinhas. Um texto pra se dizer sem reticências. Uma música para encontrar todo o significado da alma. Um sopro para erguer o corpo no gozo imediato. Mestres de si mesmas ensinam, lêem os pensamentos, advinham o passado. Capacitadas e adornadas de inteligência vil e crueldade na medida do esperado. Um bicho de peçonha acuando sua presa. Sem pressa. Sem demora. Sem desistência.

Quando me apaixono, não tão raro, me entrego e adormeço no outro. Escrevo cartas pra mim mesma. Me afogo em discos, elejo uma música, uma voz que vai m acompanhar por aquele trajeto rumo ao desconhecido e desconcertante mundo no espelho. Não me preocupo em usar outras armas que não sejam a disposição e a disponibilidade pra hibernar na paixão mesmo que seja por uma noite, um dia, uma hora. Não há paz no coração de uma mulher que se fecha para a paixão. Não há suspiro, ofegância, dissonância. Me transformo em abelha rainha, que adocica e fura o tímpano com zumbidos de gentileza e sorrisos maldosos. Escalo montanhas, jogo cartas, converso com o Dalai Lama. Tudo o que não é possível é fácil neste estado de torpor que inebria a rotina. Nas asas da borboleta o colorido de uma improvável lagarta. Nos olhos a alma do outro. Gosto dessa sensação de ter cada dia pra recontar uma história diferente. Como loucos poetas em seus brados no meio da rua. Quero que todo mundo saiba e reconheça o amor sem tamanho que há em mim. Que o mundo se reconheça em mim. E que ele apenas adormeça em mim.


sexta-feira, 11 de julho de 2008

O rei da selva

Sempre achei engraçada a preocupação exagerada que os machos têm com seu amigão preso nas cuecas. Por mais que tentem parecer desencanados e viris com a centimetragem que tiverem, sempre vão pensar no tamanho do do colega ao lado. E não adianta negar. É fato. É como a gte que tenta achar celulite da Gisele Bündchen. A não ser que a natureza tenha sido e-x-t-r-e-m-a-m-e-n-t-e generosa com o moço em questão, todos, sem exceção, querem saber se são realmente os "reis da selva".

Não. Não são.
Desculpa descortinar a coisa assim.

Em alguns anos de experiência já ouvi muitas histórias, já contei algumas realmente muito boas e vi um número razoável de braulioris peniscules maschios. Não que seja uma exímia conhecedora do produto, mas posso tecer algumas considerações sobre. E me divirto com a anatomia de alguns. No bom e no péssimo sentido.

Certa vez, conheci um jagunço baiano. Bom de pegada e tals. Realmente muito muito bom ele era. Bom, após algumas ficadas pela noite carioca, decidimos - decidimos não. Pois por ele teria me levado pra casa na primeira noite e me hospedado por pelo menos três anos (mas esse é outro post) -, ooops, decidi que iria conhecê-lo, digamos, mais intimamente. Me convidou pra almoçar na casa dele. Ok, levo o vinho. Abre a porta de roupão. De Rocky o lutador. (Oooooi????).
Ok, nada demais, o cara tá em casa... Conversamos, ele abre o vinho, comida no forno. Quarto. Queria me mostrar as fotos da filha. An-hã. Lá pelo quinto álbum sem graça da garotinha meio feinha, uma chave de perna. Opa! A cena meio lasciva ali rolando e começa a chover. "Fecha ali a janela, tá molhando aqui" digo. Niqui o cara se levanta, já sem o roupão, apenas com uma cueca samba-canção, olho de relance e vejo a silhueta do lutador. Olhei de novo.

Ca
ra
leous
"putz não vou encarar mesmo".

E tento pensar rápido numa maneira de sair dali. Mas, cheio de ginga e molejo aê aê aê ê ê ôôô oo o macho volta pra cama. Travo. Não vai rolar de jeito nenhum. Não satifeito o cara quer mostrar sua virilidade e metragem. Ai, não. Droga. Não vai rolar. Bom, era realmente impressionante o instrumento de percussão do dito cujo, mas dei uma desculpa qq, fiz o celular tocar, e fui embora. Saí correndo literalmente. Nunca mais fiquei com ele, embora me procure até hoje.
Antes do legítimo cacau baiano, namorei um carinha cujos dotes não eram lá essas coisas. E muitas vezes imaginei o namoradinho e o baiano lado a lado. Quanta covardia...
Apesar de geneticamente desprovido de sustânça, o mocinho sabia se utilizar de outros truques que faziam da varinha dele uma mera coadjuvante no espetáculo. Mas tenho que confessar que evitava olhar o coelhinho fora da cartola. Por mero efeito psicológico. Tal qual com o long neck silver aí de cima.

Outro dia, entre questionamentos estapafúrdios, um macho-beta me pergunta qual era o tamanho do bingulim do macho-delivery-acionado-de tempos em tempos-para recreação. Como para toda a pergunta há de haver uma resposta: "razoável. Bastante razoável". Não sei o que ele entendeu. Mas a questão é apenas uma: quem quer saber de tamanho de pau é homem. Nós, mulheres, queremos saber de coisas essenciais como modo de fazer. Na boa, o Rocky do meu amigo baiano se impôs pela presença. Mas era tão ilustre, que me deu medo. O do namoradinho, inho inho surtia efeito psicológico contrário, mas era de uma diligência sem tamanho (é, com trocadilho, faiçavor). Então, se preocupem mais em serem bons o bastante tb com outros órgãos de seus corpos. O coração, por exemplo. Exercite-o e lembre-se: nem tão pequeno que não nos caiba nem tão grande que caiba gte demais...

E quanto ao "razoável, bastante razoável"... Cadê o telefone dele mesmo?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Pra que queimar sutiã?

E aí eu disse já no meu terceiro copo de Uísque:

Quero uma água e seu telefone.
Po, tenho namorada
Mentira...
Sério...
E daí, quem tem namorada é vc, não eu!

Ok, invariavelmente isso me acontece. E não sei pq devo ter karma de a outra-legal-bacana-moderna-disposta-mente aberta-adorável companhia. E é isso.

Após alguns relacionamentos mt longos e um casamento mais longo ainda constato que as relações pós-isso tudo se transformaram em rascunhos. E começo a ter certeza que a culpa é minha. Só minha.

Afinal, não digo nunca, não faço beicinho quando o cara quer jogar futebol ou encher a cara com seus machos pares. Se estou disposta vou estar à disposição, não banco a chata pegadora de pé, não faço cenas de ciúme barato, sou independente, não espero que o cara banque as contas de restaurante, gosto de beber cerveja em boteco, sei sempre um pouco de tudo, eu tenho um bom papo e sei até dançar.

Mas acho que deveria ser menos um pouco de tudo isso e ao contrário da mulher desencanada e em muitas questões bem resolvida me transformar na mocinha vítima do mundo que faz ceninha, recebe a alcunha de chata e faz sexo oral pq é uma conveniência e não pq gosta. (Sim, conheço um monte dessas que só pegam se for com guardanapo)

Passei da idade, no entanto, de encarar as convenções e joquinhos em que a única regra é nunca-jamais-em tempo algum demonstrar o que sente ou falar sobre o que pensa. Não costumo passar a mão na cabeça de caras que estão ferrando com a própria vida, embora seja extremamente paciente, boa ouvinte e carinhosa. Mas não to afim de ser a que consola o tempo todo. Tem horas em que também quero que eles troquem a lâmpada, carreguem a sacola de compras e abram o carro pra mim e me dêem colo.

Detesto discursinho feminista de que "Ah, eu me basto e não preciso de um homem ao lado para ser feliz". Queria matar a desgraçada que decidiu queimar aquele sutiã. Não acredito que a felicidade esteja no outro, mas pode ser encontrada com o outro andando junto. Só que caras comprometidos não podem fazer isso por mim e comigo. E preciso me liberar do conceito fada madrinha que muitos devem enxergar em mim.

Então se vc tem namorada não me abra um sorriso, não me dê condições. Vou pedir seu telefone, vou te dar todo o carinho do mundo. Mas no fim das contas você vai ficar com a mocinha do guardanapo.

* "deveria ter nascido menina e na China pra ser sacrificada logo" - By Gee (adorei isso!)

sábado, 5 de julho de 2008

Ausência cotidiana

"Eu não sou uma habilidosa carregadora de água
mas eu aprendi a carregar amor"
- Aquarius - Regina Spektor



Você já não é presença constante aqui, olha, bem aqui... entre essa veia mais esverdeada no canto esquerdo do meu pescoço e minha orelha, em que enfiava a língua devagar e proferia palavras descoordenadas pra me deixar arrepiada. Você já não ocupa mais a pintura do teto quando acordo, tá vendo? Você ficava ali entre o finzinho do armário e aquela teia de aranha na quina. Você já não está dentro da geladeira, que abro invariavelmente pra pensar em coisas importantes. Procura aí, costumava ficar entre o tomate e a garrafa de água... Você já não está no fundo do copo que mostrava cenas do nosso breve amor. Pode quebrá-lo se quiser. Mas creio que não vai poder ver nosso Super-8 particular. Você já não habita mais cada rosto dessa cidade, cada motorista, vendedor de revista. Olha ali, corre! Não, esquece, aquele homem não era você. Você já não está naquela música que prometia um futuro incerto, porém, transbordando de paixão e cadência. Vem cá, tá ouvindo? Esse acorde não é mais sobre você. Você já não está nos toques polifônicos que me antecipavam a sua chegada. Pode pegar. Quer ver? Não... é... você não está mais na agenda. Você já não está entre minhas mãos naquela página que tanto insistia em ser lida. Sente seu cheiro nas letras??? Pois é, meu olfato não te reconhece mais. Você já não está mais nas minhas roupas, nem mesmo naquela minissaia preta, que tanto você amassava. É sério, doei! Você já não está nos fios importados do lençol de algodão egípcio arrancado dezenas de vezes a cada espasmo. É, eu sei, deveria ter sido mais diligente com a lavanderia. Mas preferi deixá-lo por lá. Você já não está na saliva de outra boca, na língua urgente de outro. Também não está mais em meus fios de cabelo, esses aqui em que costumava se emaranhar. Cuidado para não dar nó...Você já não está mais nos delírios coloridos de uma noite bem dormida. Apenas um insight no meio do dia seguinte, numa sensação de dejà-vu. Não adianta querer vasculhar mais nada. Desculpe. Você já não ocupa mais lugar algum.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Das coisas que odeio em vc

Segue mais uma proposta de interação com "us culega equilibradô" (Aceita pelo meu namorado (?) B Sacamané e seu amigo, o gostoso e cafa, Jura Owen Cusak. O Aníbal. Ah o Aníbal vcs sabem...) Pedi que listássemos, cada um no seu quadrado, o que odiamos mais no sexo oposto. É uma boa maneira de fazermos o certo na próxima vez com os homens ou com O homem. Ou com as mulheres ou A mulher, pq somos um espaço democrático.

* Odeio quando vc mija na tampa da privada. Ou a deixa levantada. É fato. E sabe pq? Pq venho correndo, sobressaltada fazer um xixizinho inocente e meto a buzanfa no gelado. E quero que todos os machos da sua família e, sobretudo a sua mãe que não lhe ensinou bons modos, fiquem numa sala escura, amarrados ouvindo a banda Kalypso.

* Odeio quando vc diz que vai ligar no dia seguinte e simplesmente desaparece. Penso em gazilhões de alternativas. Desde um sequestro pelas Farc até o simples fato de que vc não quis me ligar. E não gosto do que isso provoca em minha auto-estima. Se não vai ligar, não me pede o telefone. É simples assim, que nem a Oi.

* Odeio quando vc me liga no dia seguinte todo fofo, me manda essemeesses, imêius e no terceiro dia some como se nada tivesse feito e me coloca no fim da fila até a próxima crise de identidade. Um terapeuta é mais barato e eficaz. E alguns até trepam com seus pacientes.

* Odeio quando vc não pede informação e fica dando a volta 17 vezes no mesmo lugar. Isso não faz de vc menos macho. Pelo contrário. Admiramos caras que não sabem ler mapas, entendem nada de bussolas ou GPS.

* Odeio quando vc se senta na cama pra calçar sapatos eqto durmo. Balança e me acorda no melhor do sono.

* Odeio quando quero dar aquela trepadinha de manhã e vc simplesmente não comparece pq tá atrasado pra o que for, ou quer ver o esporte espetacular. Odeio quando vc chega do buteco doidão e quer trepar de meias, bafo de cachaça no meio da madrugada fria.

* Odeio quando vc reclama que tenho sapatos demais, bolsas demais, brincos demais. Não reclamo daquela sua camisa horrorosa florida que já devia estar no lixo há s´culos.

* Odeio quando vc vai beber todos os dias e chega em asa querendo uma comidinha pq tá na larica.

* Odeio que vc me faça almoçar na casa da sua mãe todos os domingos.

* Odeio que vc deixe claro que só quer me comer e ponto. Preciso de uma conversinha mole bem enredada para querer ir pra cama, sofá, carro, chão, escadinha com vc.

* Odeio que vc não note minhas mechas um tom abaixo do castanho dourado ou meu corte de cabelo quando tiro apenas um dedinho.

* Odeio que vc diga que seria bom eu frequentar a academia de vez em qdo e queira trepar de luz acesa.

* Odeio quando vc quer ir ao rodizio de massa logo na semana que comecei a dieta.

* Odeio que vc tire o controle remoto das minhas mãos e bote na mesa redonda que discute times do Srilanka.

* Odeio que vc me ligue sete oio veses por dia pra dizer nada. Odeio que vc não dê sinal de vida.

* Odeio quando vc olha peios e bundas alheios na minha frente. Eu pelo menos, o faço nas suas costas. Vamorespeitá.

* Odeio suas crises de ciúme infundadas. Odeio quando vc tb não sente nem um ciumezinho de mim, quando não fala nada daquele dcotão que estou usando para sair naquela noite.

* Odeio que vc leia e bagunce o jornal antes de mim. Faça uma assinatura separada.

* Odeio falar 1235 vezes o que me incomoda e vc ficar impassível. E depois, um belo dia, quando já nem me lembro da conversa, vc vem dizer que não gostou do que falei há dois anos atrás.

* Odeio quando vc se faz de vítima e diz que o problema é com vc e não comigo e que eu mereço algo melhor que vc. Se to com vc é pq encaro até seu ronco por vontade de estar ao seu lado.

* Odeio quando vc não joga limpo mesmo que isso me magoe. Mas odeio ainda mais qdo vc me dá detalhes de seu namoro mal fadado e enfadonho.

* Odeio não ocupar lugar de destaque na sua coleção de pratos e ainda me ver sendo euilibrada em meio a tantos pratos de R$ 1,99.

* E por fim, odeio quando vc toma o resto da coca zero que deixei na geladeira, sem gás, pra que eu pudesse beber no gargalo qdo voltasse do trabalho.





VERSÃO MASCULINA SEM HERBERT RICHERS

* Odeio 19 chamadas não atendidas no meu celular. Se com a primeira eujá posso ver que tu me ligou, precisa terminar com a minha bateria?

* Odeio isso de tu querer pedir informações três vezes em cada quadra. Custa muito tentar achar o lugar?

* Não odeio, mas acho muito estranha esta mania de pedir as coisasdizendo "Não quer me alcançar um cobertor?" Querer eu não quero, masposso alcançar sem problemas.

* Odeio ouvir 40 repetições seguidas de "me come" naquela hora. Como assim??? O que tu acha que eu to fazendo aqui em cima?

* Odeio não-me-toque e/ou síndrome de boneca infável na hora suprecitada.

* Melissinha, que vem com a pochetinha, professora. E demais sapatos de plástico.

* Odeio tu não entender a importância da decisão do sexto lugar do campeonato do Srilanka.

* Odeio quando a gente se vê depois de um tempo longe e eu ainda tenhoque fazer sala pra Vanessa, quando eu obviamente queria estar na camatransando. Porque diabos a vanessa tá aqui logo hoje afinal?

* Odeio que tu não tenha interesse nos detalhes do meu namoro malfadado e enfadonho. Se alguns terapeutas trepam com seus pacientes, pqeu não posso me queixar dela pra ti enquanto ainda estamos na cama, queé lugar quente?

* Odeio ser pressionado. Sufocado. Chantageado. Todos os ados. (ok, o chup eu adoro)

* Odeio que tu queira me obrigar a ter ciúmes. Sempre reclama que eu sou imaturo, mas quando eu não sou, tu acha ruim?

* Odeio este papinho de "tu só queria me comer". Eu queria te conhecer.Se eu não me apaixonei, vou ter que casar igual só porque fomos pracama? Incomodada ficava a sua avó.

* Claro que eu odeio tpm. Com todas as minhas forças. E odeio aindamais que tu não enxergue que fica piscótica na tpm, e que podia pelomenos não levar as coisas tão a sério nesta época. Com tpm ou não,sejamos todos racionais, afinal, isso é o que separa os seres humanosdos animais e do Jurandir.

* Desculpa, mas odeio quando tu menstrua. E ODEIO quando atrasa. E faltam palavras pra descrever o que eu sinto quando atrasa e tu me dizque atrasou.

* Odeio que tu queira passar de prato a namorada por imposição. Quer? Faz por merecer!

* Odeio quando tu não enxerga que eu sei todas as coisas que tu odeia em mim. Eu sei. E se eu faço, às vezes é por uma questão de princípios,e às vezes é só pra te encher o saco mesmo. Porque eu odeiorelacionamento sem discussão.

B. Beijos ( Pra quem ainda não conhece foi o Sacamano quem postou)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Quebrando a bola de cristal

Ok, confesso.
Tive um surto mulherzinha hoje.
Surtei. De verdade.

Acordei cedo e rumei para a Tijuca (pra quem não sabe é um bairro da Zona Norte carioca onde vivem, ainda, famílias retratadas na obra de Nelson Rodrigues). O motivo era nobre. Me consultar na cartomante-fudência-indicada-pela-amiga. Ok, errei o endereço fui parar no final da rua. Comecei bem a beça...

Entro na casa. Observo tudo. Muitas muitas estátuas de Buda, cristais, incensos, mural com orações... Até que sinto algo em meus pés. Ao olhar pra baixo vejo um rabichinho branco.

Putaquiooooooooopariu! É um hamster, penso.
Não. É uma calopsita, responde a secretária da "vaident".

_ Ele sempre fica assim quando tem mulher aqui.

Dou aquele sorrisinho forçado e penso:
"Mas só tem mulher aqui. Algum homem freqüenta esse tipo de local?"

E parecendo ler meus pensamentos a mocinha diz: vem mt homem aqui tb.

Ueba. Se a secretaria adivinha pensamento, a mulher lá dentro vai me dar os numeros da megasena.

Hora da consulta. Tiro os sapatos pra entrar no templo. Qual não é minha surpresa ao ver a consultora. Morena, novinha, bonita e me chamando de "gatá" tal qual faço com 11 entre 10 mulheres que conheço.

A consulente, eu no caso, senta à mesa e espera pra cortar o baralho. O que se sucede depois é um emaranhado de coisas ruins.
_ Vejo uma cirurgia (...) vejo vc sobrecarregada no trabalho (...) Esse cara com quem vc está/esteve não te merece (...) não vejo ng ao seu lado pelos próximos três anos (...), não vejo casamento, vc enjoa fácil dos homens, mas tem um de longe aqui que pode dar em algo(...) vc é médium e atrai as energias negativas (...) Quer me perguntar alguma coisa?

_ Quero sim, GATÁ... Onde está a gilete????

Cara, na boa, saí atordoada. Quase deixei de pagar.
Sim, ela cobra.E sim a obtusa aqui pagou.
Se não bastasse minha cabeça rodando fui ao shopping. Sim, tinha que compensar aquela enxurrada com algum prazer carnal. Na impossibilidade de sexo, fui olhar vitrine. Não só olhei, claro. Não. Quando vc tá na merda deixa molhar o cabelo. E eu mergulho. Chafurdo total.

Comprei roupa, sapato, jóia, vestido de casamento e pão de mel.
Pra acabar de vez com meu dia mandei pra dentro um ovomaltine do Bob's.

Fui encontrar com a amiga-que-tinha-um-tarólogo-ótimo-mas-perdeu-contato-dele. E revimos a consulta, que esqueci de contar durou míseros 20 minutos. (Mais um pouco e ela diria que Bin Laden seria meu colega de quarto). Amiga diz que tudo não passa de bobagem. Auto-sugestão. Sei lá. Vou pensar assim e por via das dúvidas colocar um anúncio nos classificados:

"Procura-se rapaz limpinho para relacionamento sério pelo menos até 2011. Que seja educado, alfabetizado, não tire meleca no trânsito, não me chame de nem, colega. Que não fale seje, esteje, e menas. Não leia meu jornal antes de mim, não use cueca bege e meias na hora de trepar. Ofereço casa, comida congelada e roupa lavada pela máquina meia-boca. Também dou ajuda de custo e vale-transporte. Não vou exigir sexo todos os dias, mas quando solicitado, espero que tenha boa experiência no assunto. Há um plano de carreira, claro. Namorar, noivar, casar e ir comigo de papel passado e aliança até a Tijuca, a fim de rever uma querida e velha amiga. Cartas para este blog.
Sem mais"

Pau no LDU do surdo!

SuuupeRRRRRRRRR (no paulistês) na boa, não sabia que tinha tanto flamenguista no Equador. Impressionante. Meu LDU pros cachorros se 90% daquela torcida sabia algo mais daquele país que não fosse a história da linha. pau no LDU dos outros é refresco.

Não sou tricolor, não senhor! Mas sou carioca e brasileira e nunca na vida torceria por outra nação que não fosse a minha. Ok, já torci pro Camarões. Mas eles não jogavam contra brazookas. K-gay pra futebol, K-gay pro Renato Gaúcho. Mas sinto nojo de gte recalcada tal qual a gentalha que assistiu ao jogo ontem ao meu redor.

Na mesa ao lado a mocinha de cabelo ensebadinho e namorado a tiracolo e mais sete jagunços gritava "Meeeeeeengo Meeeeeengo". Se k-gay pro Renato Gaúcho, que ainda dá um excelente chimarrão, o que dizer dessa gte fanática por Obina. Tomá no LDU.

Deve realmente ser triste não ter um time pra torcer pq ele se fudeu lá nos primeiros jogos. Mas pior ainda é vc ser feia e ter cabelo ruim e voz estridente. A mocinha atrás de mim mais parecia a zagueira do 15 de Piracicaba. Histérica, bêbada ruim pra caraleous e com minimolinhas na cabeça num rabo esticado. E toda hora ela berrava, e sacudia minha cerveja e dava porrada na mesa e batia o pé no chão. Que vontade de enfiar uma garrafa no LDU dela.

Fluminense lá quase ganhando e a quenga não parava e ainda se mostrava ínima da seleção equatoriana gritando o nome daquele afro-descendente, Guéron, é isso? K-gay pra ele tb.

A questão desse post é simples: tonemaí se o time perdeu ou ganhou. O que me revolta é neguinho prder a compostura e invadir o espaço dos outros e baer no peito pra cantar vitória. E qdo isso é feito por uma mulher tenho mais vergonha ainda de usar saias. Mulher é um bicho realmene muio escroto. Meu LDU pra geral se a mosntrenga do cabelo ruim tava fazendo aquilo por amor ao time. Tava cheio de macho no recinto. E aposto meu lindo e macio pescocinho se a infeliz não dava das suas pra ter seus 15 minutos de fama.

Vai fazer a marroquina, vai jagunça!

Desabaphay!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Das coisas que vou levar comigo

Plagiei lá "dus culega equilibradô" e decidi fazer uma listinha (acho que não será tão pequena assim) sobre coisas que valem a pena na vida. Então, as primeiras coisas que me vêm à cabeça são:

- Dormir, acordar, brincar e fazer qq coisa com o Felipe (meu sobrinho lindo de cinco anos)
- Dormir de conchinha com quem amo
- Dormir esparramada na cama de casal sem ninguém pra amar
- Pizza fria, meio emborrachada, com café bem preto
- Coca cola light
- Bis branco
- Rúcula (é, gosto a beça)
- Gershwin pra sonhar
- Debussy pra chorar
- White Stripes pra pirar
- Beatles pra lembrar forever and ever
- Paulinho da Viola pra cantar
- Chico Buarque pra inspirar
- Rock rock rock pra dançar até de manhã
- Um pouco mais de rock pra embalar a ressaca
- Mesa de bar fuleiro com amigos reunidos.
- Meus grandes, muitos e sinceros amigos homens
- Meus grandes, muito pácaraleous e mordazes amigos gays
- Minhas grandes, poucas e sinceras amigas mulheres
- Meus lenços e cachecóis de todas as cores
- Flores de couro
- Meu sofá verde e quentinho
- Meu micro velhinho
- Minha coleção de sapatos
- "Bonequinha de Luxo" pra suspirar
- "Nosso amor de ontem" pra cortar os pulsos de vez
- "O poderoso chefão" pra babar
- "Pulp Fiction" pra ser politicamente incorreto
-"Closer" de empos em tempos pra reciclar
- "Eternal Sunshine" pra lembrar de como sou Clementine
- Todos, absolutamente, todos os filmes de Woody Allen pra ser mais sarástica e inteligente
- "Alta Fidelidade" pq sou apaixonada por John Cusak e vou casar com ele um dia
- " A cor púrpura" pra não esquecer da infância
- O Rio de Janeiro, sempre!
- Praia quase sempre
- Chope sempre sempre sempre
- Sexo bom a toda hora
- Sexo sequencial
- Sexo casual
- Sexo animal
- Sexo verbal
- Clarice Lispector pra fazer-me mulherzinha
- Oscar Wilde para fazer-me irônica
- García Marquez pra fazer-me louca
- Lewis Caroll para fazer-me Alice
- Livros, muuuuuitos, para fazer-me respirar
- Viajar o mundo (um dia, quem sabe)
- Cinema vazio
- Cinema sozinha
- Ficar sozinha
- Ficar rodeada
- Ficar
- Beijo na boca
- Ver a Vitória crescer

E no banheiro feminino...

Pra começar, um sonnnzinnn que gosto muito e, certamente, tem um pouco a ver com o que vou narrar a seguir .



Uma das coisas que não entendo no vasto e inconstante universo feminino é a necessidade de se ir ao banheiro com uma amiga ou pseudo-colega-de-mesa-de-bar. Mas td bem, não sou como as outras. Nem quando tinha a lôra do banheiro compreendia esse comportamento. Sempre achei um saco ir acompanhada ao sanitário, toilete, casinha, UÓrever. Mas vos digo, ala masculina, o primeiro impulso que nos leva até o reservado é mesmo o xixi. Depois, claro, um retoquezinho no gloss, aquela ajeitada no cabelo e no decote, ora sim. Mas qdo estamos acompanhadas (sim, tem sempre a amiga que diz vou também sem que vc faça a menor questão) é mesmo para falar de vcs, ou mal de alguém que está no mesmo grupo. Se bem que para isso foi inventado o essemeesse...
Naquele templo tão ordinário quanto o de vcs (Não pensem que existe nos banheiros femininos uma espécie de sucursal da Elizabeth Arden. Não mesmo. Mulheres podem ser tão porcas quanto seus opostos e sim, mijam na tábua. Malditas!) dizemos pra companheira o quanto o jagunço beija bem, ou não, como foi a última trepada e no caso das acompanhadas, como o carinha da outra mesa é gostooooso. Ou seja, tão sórdidas quanto. Só não ficamos ali paradas, tirando a água do joelho como vcs, que por ironia do destino e para minha completa inveja e recalque fazem xixi em pé. Xixi não. Vcs mijam. Nós também. Mas não manjamos a anatomia do colega ao lado. Eu sei que vcs fazem. nem que seja inconscientemente. O pior pesadelo de um homem não é broxar. E sim ter o pau menor que o do outro. Mas isso é assunto pra um próximo post...
Fato é que, às vzs se demora horas lá dentro pq na fila as mocinhas estão fofocando sobre tudo, absolutamente. E depois entravam o local minúsculo com seus saltos e em frente ao espelho fazem caras e bocas e tratam de conferir se há algum fio solto em sua escova progressiva. Agora, desconfiem se a mocinha levar o celular. Vai dar-lhes um perdido. Com sorte, na volta rola uns beijos, mas se o telefone tocar, pode estar certo que outro vai finalizar a noite começada com vcs. Já fiz isso. Confesso. Também já voltei do banheiro, sozinha, e encontrei uma fêmea-de-vida-social-agitada sentada ao lado do pseudo-macho-freela quase botando os peitos na cara dele.
Portanto, fim do mistério. Num banheiro feminino as mulheres podem ser tão canastronas qto a gde maioria dos machos-beta de plantones. Até cospem no chão e coçam o saco.

Pateticun est

Aí o macho-delivery-emaconhado diz:

_ Tô tarente
_hum, sei...
_ Louco pra fazer amor (Nota do autor: ooooooooooi???????)
_ Fazer amor? Em qq circunstância é melhor dizer trepar.
_ Ah prefiro transar (Nota do autor: como se ele soubesse)

Poupe-me dos fanstasmas que rondam meu msn na madrugada

terça-feira, 1 de julho de 2008

Drama

Comecei e terminei hoje um livro tão bacana. Com uma escrita tão próxima. E queria ter eu escrito o que vem abaixo:

"O drama me move, me mexe, me empurra pra frente ou pro lado ou pra cima ou pra onde quer que eu tenha que ir. Dez dias me tiraram cinco anos em minutos. Dez dias duraram meses. Dois dias duraram meses. Cinco anos duraram meses e voltei ao ponto de partida. O que posso fazer agora além de esperar sentada, comportada, com as pernas cruzadas e um cigarro na mão? Nada. Esperar. Não adianta correr porque você é mais rápido. Sentada esperando, quem diria. Foda-se o drama, eu quero você. Me diz como. Me diz logo. Eu quero você".

O passado me liberta

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim (...)

Dia de faxinar a vida. Limpar a memória. Rever o passado e álbuns e livros e promessas de amor descumpridas. Compriiiiiiiiidas. Tarde vazia alheia ao futuro. Só o passado não me condena e me ronda e me liberta para ser feliz outra vez. Mentira. Já sou feliz assim. Nesse meu tempo meio doido, doído e corrompido pelo que podia ter sido e jamais será. Numa caixa encontrei uma outra eu. Tão obsoleta quanto àquele gravador, uma fita k7, a máquina fotográfica que usava filme, o celular pesadão, um relógio fora de moda. Tudo ficou para trás. Assim como os planos e sonhos e o amor. E os quilos a menos. Era tão jovem e tão bonita e tão loura. Sou mais interessante hoje, no entanto. E percebo como meus cabelos estão melhores, ainda que insistam em embranquecer bem aqui nessa parte, e que o sol não sacaneou de todo a minha pele, que continua macia. Hoje posso comprar mais cremes e já acredito neles. Antes os deixava na penteadeira para enfeitar. Mas o tal do filtro solar ainda não é meu melhor amigo. Continuo errando, pelo visto. E tropeço ao beber além da conta e de além da conta pegar o celular para mandar mensagens truncadas e trincadas madrugada afora. Uma boa constatação é que na gaveta não ficou minha disposição para me atirar. Ainda que o faça com mais parcimônia, sejamos bem sinceros. Mas a paixão sempre existiu e não quero desacreditar nela, desconfiar de que não seja boa. Teve época em que me apaixonava três vezes ao dia. Por homens e sapatos diferentes. Quando estou triste compro sapatos. Afinal, comprar homem dá mais trabalho... Continuo fazendo isso desde a adolescência. Freud diria que é carência paterna. Sei lá. Pode ser. Mas comprar sapatos é altamente reconfortante. Devo ter um quê de Doroty, uma apaixonada confessa por pares vermelhos e mágicos. Ou Imelda, vai saber. Hoje dei sapatos. E roupas. Que não me serviam, que não serviam pra nada. Só ocupando espaço e lembrança. Vai levar pra alguém uma nova esperança e mais uma lembrança que não mais me pertence. Achei coisas perdidas que nem sei se queria. Outras me fizeram surpreendentemente alegre. Poucas me fizeram chorar e em muitas não reconheci aquela garota. A fase é positiva para reciclar, transformar. Pegar o que tem de bom e aprimorar. E operando o milagre do desapego também decidi colocar no lixo as regras impostas, as vontades sufocadas e o não parecer. É preciso remexer no interior pra ver que não se pode ter o novo cultivando o que ainda é antigo e deveria ter ficado dentro de um livro tal qual flor desidratada. Que venha o que tiver de vir. Que aconteça o que tiver de acontecer. Que se realizem ou não os desejos mais secretos.
Um dia após o outro.
De minuto a minuto.
Respirando e suspirando a cada segundo.
Sem entraves, sem barreira,
Sem se.
Sem será.
Sem talvez.

Essa eu apóio!

Tem um movimeno aí pra instaurar o dia do zéquiçu (SEXO). Seria em 6 de setembro, ou seja 6/9, 69!!!

Então, não custa aderir. Se tem tanto feriado e datas injustificadas nessa nação, pq não sexualizar a questão.

Um dia só, né? E ainda véspera do Dia da Independência... Não podia ser melhor!
E com pretexto para exercitar sua cidadania.
Máoêeee!

Clica aí
http://diadosexo.com.br/