sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sem vírgulas

Se corajosa eu fosse mandaria tudo às favas. Se corajoso você fosse correria de braços desarmados em minha direção. Se segurança eu tivesse não olharia para trás após seu enterro. Sepultaria sem lágrimas o que nem sequer nasceu. Se seguro você fosse trataria de deixar emergir o que de melhor há nesse casulo. Acordaria do pesadelo diário. Se ódio eu sentisse escolheria a pior hora para aparecer. Se ódio você sentisse seria melhor que o gostar sem deixar vestígios. Se mulher eu fosse te seduziria com a língua ardente, calada e envolvente. Se mulher você fosse sentiria esse gosto amargo que trago nas entranhas. Se homem eu fosse te amaria como a última criatura da Terra. Se homem você fosse me amaria sem restrições como ama a ti mesmo. Se viva eu fosse passaria o resto dos meus dias a te matar. Se vivo você fosse não perderia a chance de não me ver morrer.

3 comentários:

Edu disse...

Oi!
que texto bonito! gostei muito mesmo!
qual o nome do autor ???

Fuerte Abrazo !!!

Edu disse...

nesse caso, encho o peito prá falar, PARABÉNS !!!
fica comprovado que tú tens enorme potencial prá literatura. inclusive, tomei a liberdade de roubar o "sem vírgulas" p/ publicar no meu orkut.

te cuida !!!

Edu disse...

se é o q vc quer, tornar-se-ão reais, indubitável !!!