sábado, 1 de novembro de 2008

Samba coação

Te vi na fotografia
Um 3x4 desfocado
Meu coração descompassado
Bateu com certa alegria
Me perguntei por que não?
Porque não é sempre desculpa
E o sim depende do assim dizer
Mas no devaneio momentâneo
Decidi te escrever
E descrever sobre meus planos
De querer te conhecer
Bisbilhotei seus gostos
E deu gosto de ver
Que assim como eu
Você sabe viver
Nas rodas de bambas
Na cadência dos sambas
Em boa companhia
Nos bancos do botequim
Ah, pobre de mim...
Que faço rima chinfrim
Pra demonstrar simpatia
Descobri muito em comum
De Chico a Cartola
Meu queridíssimo Paulinho da Viola
De todos, me surpreendi com um
"Ora, ele gosta de rock e
frequenta o tal Bukowski"
Mas é no samba a sua raiz
E, desculpa, se meti o nariz
Onde nem fui chamada
Mas achei que era roubada
Não tentar ser ao menos descarada
Pra dizer que você me agrada
Em ritmo de batucada
Enquanto havia tanto pra ver
Um pensamento me conduzia
E sem qualquer diplomacia
Pensava: te quero e vou ter!
* Não, não tive! Mas ficou o poeminha retrátil.

3 comentários:

Giovanna Bauer disse...

Adoooreeei o texto de baixo, sobre a boate gay...

Lisa disse...

curti, querida.
teu blog tah cada vez melhor.

Tia do Café disse...

Poemas que ficam!
O que acho engraçado é que (pelo menos no meu caso) os que mais gosto são aqueles sobre 'aqueles' que não tive!
Lindo poema!

besos e tekila!