"O senhor poderia me dizer qual caminho devo tomar para sair daqui? Para onde você quer ir?, respondeu o Gato. Não me importo muito para onde..., retrucou Alice. Então não importa o caminho que você escolha... "Mas eu não quero ficar entre gente maluca, Alice retrucou. Oh, você não tem saída, disse o Gato, Eu sou louco. Você é louca. Como você sabe que eu sou louca?, perguntou Alice. Você deve ser,ou então não teria vindo para cá." Entendeu ou quer que eu desenhe? Miau...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Deixa o verão pra mais tarde
Corpos ardendo
Cerveja gelada
Bate papo até tarde
Picolé
Decotes
Pés desnudos
Biquíni
Areia
Sal
Ah, o verão...
Melancia
Acidez
Pôr do sol à noite
Cores
Bronze
Chinelos
Azul
Ah, o verão...
Sons
Tons
Rock
Samba
Soul
Dançar até de manhã
Ah, o verão...
E seus primeiros acordes.
Pra gente acordar
E cair num sonho bom
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Nunca sem mais
Não conheço seu cão.
Você nunca me viu chorar.
Nunca vi você dirigir.
Me lembro bem da primeira vez em que não viajamos.
Não fomos jantar.
Não conheço seus amigos.
Você nunca me viu irada.
Nunca vi sua letra.
Me lembro da primeira vez em que não fomos à praia.
Não fomos ao show.
Não conheço seus discos.
Você nunca me viu triste.
Nunca vi você trabalhar.
Me lembro da primeira vez em que não passeamos.
Não fomos à festa.
Não conheço sua família.
Você nunca me viu cozinhar.
Nunca vi você ler.
Me lembro da primeira vez em que não nos vimos.
Não fomos dançar.
Não conheço seu passado.
Você nunca me viu refletir.
Nunca vi você relaxar.
Me lembro da primeira vez em que não falamos de futuro.
Nunca fomos um.
Não conheço seu presente.
Você nunca me viu ao seu lado.
Nunva vi você querer.
Me lembro da primeira vez em que não fomos nada.
Só não me lembro de ter querido ser dois.
Um em cada canto.
Você sem você.
Eu sem você.
Nós sem uma primeira vez.
* Não sei quem é o casal, mas adorei a primeira vez que vi.
domingo, 27 de setembro de 2009
Recordar é viver?
Feitos um para o outro
Tarde de Harry e Sally.
E toda vez choro horrores.
Choro pensando nas oportunidades perdidas, nos radicalismos sem sustentação racional. Choro porque todo mundo merece um amor impossível só pra sentir que tá vivo. Choro de inveja de Sally. Choro pq , no fundo, queria um Harry - ainda que chato e a cara do Billy Cristal - correndo atrás de mim até o Empire State. E tem essa coisa, né? De todo mundo se beijar à meia noite ... Deve ser uma alusão aos contos de fada, um boa noite cinderela sem qq efeito lisérgico. O fato é que a gente vai vendo como as relações são construidas ao longo da vida. Antes de Harry e Sally estava dando uma olhada em "Separações", do Domingos de Oliveira. Os casais de filmes pseudo-intelectuais nacionais são sempre muito descolados, livres, independentes. E moram no Leblon. Têm grana pra passar uma temporada em Paris, quando voltam estão cheios de projetos culturais e milhões de vinhos na bagagem. E são modernos, sentam-se juntos dos seus ex-pares, como uma grande família italiana. Mas uma coisa ficou na minha cabeça ecoando.
Saco, quando essa coisas ecoam é foda porque eu começo a pensar na vida com profundidade. E, sinceramente, tô evitando o máximo esse momento. Mas, enfim, pelo menos uma vez por mês amarro esse bode preto e penso nas grandes questões do mundo e da sobrevivência. Lá pelas tantas o cara diz: "É preciso ser amigo de quem vc amou muito um dia. Porque senão o mundo fica curel demais!".
Fiquei absorta, introjectando essa coisa e me pus a pensar nos homens que eu amei. Amei muito, todos eles. Embora, alguns deles nem acreditem realmente nisso. E descobri que não amei apenas aqueles de relações pré-estabelecidas. Amei cada ser do sexo oposto que passou fugazmente pela minha breve vida. de maneira louca, de maneira sofrida, de maneira divertida. Eu amei. E não foi pouco. E tenho pensado nisso. Porque amor transborda feito leite em peito de mãe iniciante. E quando vc não tem onde colocá-lo ou como eternizá-lo, propagá-lo, é muito ruim. Fica essa coisa entre o estômago e o seio esquerdo. Um nó violento na garganta e vc quer dizer, quer mostrar, quer exibir seu amor. Porque amor é um sentimento tão raro. Todo mundo quer. Ninguém sabe definir direito. Alguém já jurou saber o gosto, outro já apalpou. E amor é tão fácil sentir. Ter é mais difícil, mas não é regra. O amor tá meio aprisionado, eu acho. Falta lucidez pra amar. Falta coragem. Falta tempo. Conheço até quem pense faltar dinheiro pro amor.
Detesto essas reflexões. Porque vou ficando densa e pulo pra etapa dois, quando quero saber o propósito de tudo. Seja do fio de cabelo caído no piso do banheiro, seja entender esse movimento cíclico que é a vida e porque ela não costuma sorrir com simpatia pra geral. E vejo essas bobagens hollywoodianas querendo vender o amor eterno e alcançável, e acredito piamente que ele possa mesmo existir.Sim, ele existe. Quantos de nós já não fez a besteira de se apaixonar perdidamente ao longo do dia? De meter pés pelas mãos? Pegar o celular na madrugada e acordar numa puta ressaca moral no outro dia só por ter discado praquele amor de ontem? São as horas em que o neurônio - a essa altura o único que existe -, é interligado à boca por apenas um microfio transparente e fraco. Então a mente não registra regras, e lá vai o tal neurônio detonando todo o seu discurso, suas idéias pré-fabricadas.
Deveria haver um meio termo. Uma forma de equilíbrio. Harry e Sally me fazem pensar nisso toda vez que os vejo na tela. Pq é um casal tão improvável que vc passa a achar que ganhar na megasena é um simples exercício de pragmatismo. Os caras levam 12 anos pra se acertar.12!!!Entre idas e vindas.Destino? Paciência? Falta de Sorte? Será mesmo que existe em algum canto do planeta uma pessoa destinada a nós? Será que já não passou por aqui feito cometa e simplesmente se foi? Tá vendo, tô fazendo de novo.
Merda! Lá vou eu filosofar tal qual leitor de orelha de livro. Saco! É esse tal de amor. Reprimido aqui dentro. Louco pra sair por aí em noites de tempestade. O chato dessa história é saber que se tem tanto a oferecer pra tão pouca gente que merece.
Certamente, existe alguém por aí merecedor desse transbordamento. Dessa cheia de amor que acontece em algumas estações do ano!
É a primavera chegando!
E bem que ela podia trazer um primo tb...
"O Homem Lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que ele nunca se entusiasma com ela. Assim como ele nunca tem memórias. O Homem Lúcido sabe que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor posto que a vida contém tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um Mal. O Homem Lúcido sabe que ele é o equilibrista na corda bamba da existência. Ele sabe que por opção ou por acidente é possível cair no abismo a qualquer momento interrompendo a sessão do circo. Pode tembém o Homem Lúcido optar pela vida. Aí então ...Ele esgotará todas as suas possibilidadades. Ele passeará pelo seu campo aberto pelas suas vielas floridas. Ele saberá ver a beleza em tudo! Ele terá amantes, amigos, ideais, urdirá planos e os realizará. Resistirá aos infortúnios e até mesmo às doenças. E se atingido por um desses emissários saberá suportá-lo com coragem e com mansidão. E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais e em idade avançada cercado pelos seus filhos e pelos seus netos que seguirão a sua magnífica aventura. Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido uma aura de bondade. Dir-se a:-Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!A Justa Lei Máxima da Natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade de acontecimentos favoráveis. O Homem Lúcido, porém, esse que optou pela vida com o consentimento dos deuses tem o poder magno de alterar essa lei Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com Os Homens Lúcidos"
*O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotamia, entre os rios Eufrates e Tigre
domingo, 20 de setembro de 2009
Hiato
Mas ainda não á na hora de abrir a casa novamente.
No máximo, uma espanadinha.
Os dias estão breves demais pra verbalizar.
Ou ortografar.
Então, vamos assim.
Dou uma espiadela.
E fecho a janela até o sol se pôr novamente.
domingo, 26 de julho de 2009
Quatro elementos
Mãos espalmadas.
De joelhos.
Em posição de prece.
Eu tô fogo. De vela crepitando. No som da madrugada. No ritmo de dois corpos que dançam.
Se embaralham. Se emaranham. Se completam.
Mãos inquietas.
De joelhos.
Na posição de pecado.
Eu tô ar. De brisa leve. Ventos esparsos. Em riso de criança. Pipa voando. No azul profundo.
Cobalto. Marinho. Turquesa.
Mãos amarradas.
De joelhos.
Na posição de castigo.
Eu tô terra. De solo fértil. Semeada de girassol. Umidificada. Em dois palmos. Regada. Arada. Em ressurgimento. Urgência. Florescendo.
Mãos elameadas.
De joelhos.
Na posição de adorar.
E pés completamente fora do chão.
domingo, 17 de maio de 2009
Universos paralelos
Fim de férias. É sempre meio igual ao beijo que não se deu, é aquele sentimento de pra onde foi a história quando o filme acabou. Mas...
Muita coisa boa aconteceu e não dá mesmo pra colocar neste blog o quanto foi bom ter passado alguns dias no universo paralelo. Sabia que ia ser bom, mas não imaginava nem um terço. Conheci pessoas incríveis, lugares incríveis, bebidas incríveis, paisagens incríveis, comidas incríveis. E o mais incrível é que mesmo em climão de party every day você começa a ver como sua vida pode ser infinitamente mais simples. Férias pra mim sempre tiveram a conotação de raio-x. É aquele momento que tiro pra mim, mesmo cercada de gente e passo a definir mudanças. Na penúltima, troquei de emprego. Na última, decidi que não faria mais concessões a quem só vive a vida a reclamar. Nesta, porém, resolvi que a pessoa mais importante desse meu mundo sou eu mesma e que daqui pra frente só entra no meu mundo quem for mesmo muito especial.
Esta férias, além de um bronzeado invejável, me trouxeram paz, mas um certo desassossego na alma. Quantas coisas precisam ser modificadas. Já. Mais do que isso: me trouxeram a plena certeza de que amizades são como aquele chocolate que guardamos no armário para os momentos mais amargos. Amizade após os 30 têm uma pegada diferente, pq a gente já não experimenta máscaras pras fraquezas. Elas são jogadas na mesa, junto com a conversa fiada e a caipirinha. Sorrimos, choramos, dizemos coisas duras, com certa franqueza mas aquele sorriso de quem acolhe.
Minhas férias foram em trio. Um trio até certo tempo atrás meio improvável por sermos pessoas tão diferentes. Mas olhar de fora o que formamos me enche de alegria e a tal da paz. Em saber que as experiências ali trocadas vão nos acompanhar pelo resto da vida, mesmo que nossas férias nunca mais rolem juntas. Terá sempre aquele código que a gente cria na hora, frases, músicas, olhares.
Cumplicidade...
* Depois posto musiquinha e vídeo e foto e... êeee
sábado, 18 de abril de 2009
Férias
Alice estará pendurada em alguma lamparina pelos lados do litoral baiano.
Até...
´´O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é CORAGEM``
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Toda caixa é de Pandora?
Divide aí comigo
Pra imaginação rolar solta, uma música que faz parte da minha caixa em quadro negro.
domingo, 22 de março de 2009
´´ Just 'cause you feel it doesn't mean it's there``
Me arrepiei. Sério. Não que faça a adolescente loka por ídolos, mas seguindo a mesma linha: foi irado, brother!
Não ia ao show. Pô, R$ 200 pratas, fim de mês... Paguei R$ 300 pra ver a namorada de Jesus e só a vi pelo telão. Sim, foi incrível, mas R$ 300 são R$ 300. Decidida estava a beber num boteco na noite de sexta até voltar do bandeijão da firma. Pra quem não sabe, trabalho aqui no Rio num prédio mt próximo à Pça da Apoteose. No último plantão praticamente ouvi todo o set list de Iron Maiden na passagem de som.
Bom, mas na sexta, ao entrar na redação ouvi algo mt familiar: os primeiros acordes de There There . Sim, gte tá tocando! Caralho!!! Radiohead fazendo serenata no meio da tarde. Agora vou ter que ir, disse.
me virei nos trinta. Ou melhor em R$ 150 e comprei o ingresso.
Primeiro Los Hermanos, blasé, low profile e entediados como sempre, mas com um naipe de metais de outro mundo. Depois, Kraftsguenis, por mim totalmente dispensável. E, finalmente, os ingleses!!!!!!!!!! Na segunda ou terceira música, não me lembro por causa da chapação etílica, ouço Thomas Edward "Thom" Yorke pronunciar: There There
IEAH!
Cara, entrei em transe, olhos fechados, deixando que aquele som, que já foi trilha para tantas aventuras e desventuras, se apossasse de mim. Parece estranho, mas foi assim que me senti: servindo de cavalo pra que a música tomasse conta da minha pele. Uma viagem incrível. E, não, não havia tomado nada além de cerveja. Se humana fosse, Alice certamente escolheria There There como tema de suas andanças pelo País das Maravilhas. Soturno, sombrio e lascivo.
O resto foi ótimo tb. E eles até tocaram Creep (sim, eles tocaram!). Ouvi já lá de longe, assim como está longe aquele tempo em que ouvia a letra cantada por um grande amor que o tempo levou. definitivamente, naquele tempo Alice não existia. Ou estava apenas adormecida...
´´ Just 'cause you feel it doesn't mean it's there``
segunda-feira, 16 de março de 2009
A primeira vez que não te vi
Na direção do nada
Na direção do tudo
A primeira vez que não te vi não pisei na sua sombra sem disfarçar meu acanhamento
Sorri ao vento
Com batom nos dentes
A primeira vez que não te vi não esbarrei em sua perna e não pedi desculpas, não disse adeus
Até breve
Até nunca mais
A primeira vez que não te vi gostei da sua boca proferindo palavras tolas
Ferindo a língua
Em frases vãs
A primeira vez que não te vi entendi seus pensamentos ordenados em fichas de tópicos
Com acentos
E defesas
A primeira vez que não te vi não acreditei em fantasmas do passado presente
Em tempo
cronológico
A primeira vez que não te vi não aceitei facilmente seus elogios e questões
Esporádicas
Misteriosas
A primeira vez que não te vi nao olhei pra fotografia que fez de si mesmo ao
Se esconder
No espelho
A primeira vez que não te vi te reconheci por seus medos e receios
De se abrir
De existir
sexta-feira, 13 de março de 2009
Volta, Alice!
Po, caí num buraco, topei com o dedo num paralelepípedo e fui parar na fila do SUS.
Td isso procurando o gato?
Nada... o gato sempre me dá rasteiras
Já devia ter se acostumado
E eu lá me acostumo? Meu negócio é permanentemente correr atrás desse gato adepto de substâncias ilícitas
oi?
só pode né? já viu aquele sorriso trincado?
é um desenho, Alice...
Então tb sou, oras.
Não, vc é diferente. Mas penso que deve estar meio trincada ao subir no lustre tb.
eu gosto de me imaginar na tela do cinema
vc e seus devaneios de mocinha
prefiro heroína...
vc tá mais pra vilã, eu acho
Não tenho maltratado ng nos últimos tempos...
Pq quer...
Não, pq não quero.
Vc sempre gostou...
Estou diferente, to dizendo.
Quaresma...
É, minhas artimanhas já não surtem efeitos
bombásticos...
calóricos...
Empíricos
Que falta faz um rodamoinho
Era Doroty, Alice
Somos primas.
Ela ao som de Pink Floyd. Eu, de Radiohead. Quer ver?
Alice, desce do lustre!
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Pra fechar a folia!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Segura, Berenice *
Desculpa por tudo.
Bom, por alguns segundos tentei entender o mea-culpa. Não saquei. Não estávamos namorando, não tínhamos compromisso, a última noite/manhã tinha sido mega satisfatória para ambas as partes, não havia cobrança. Fui ler o resto.
No blablabla habitual, baby Boy diz que é estranho e eu já deveria saber disso.
Hum, ok. Eu sabia. Mas até curtia. O problema foi o moço dizer que ia dar um tempo da bebida, do cigarro, da música, das saídas. Pensei: putz, baby boy virou um old boy e isso não me permito. Natal, Baby Boy liga fofo. Ok, nos vemos antes do ano-novo. Mas baby boy teve recaída e foi pra rehab outra vez. Como decidi deixar td que é oferenda pra iemanjá em 2008 mesmo, despluguei e mandei mentalmente um bejotevejonoegito.
Máque fuço daqui e ali e descubro que Baby Boy estampava um namorando no site de relacionamentos. Na hora achei estranho, meio piuipiui piuiabacaxi choc choc choc choc por aí. Nada disse. segui fazendo a egípcia.
Mas dia desses mandei um email reclamando uma satisfação. Ah, mandei. Tava sem pique pra manter a analisada e concluída. E a resposta de Baby Boy veio. Mais um mea culpa.
Vc acha que eu iria sumir por esse motivo (namorada)? Não, comecei a trabalhar ZzzzzZZZzzzZZZZzzzZZZZZ... ZzzzzZZZZZzzZZZZZZzzzZZZZz...
bocejos múltiplos.
Caralho, qual o problema em dizer:
é isso aí, mermão, to namorando aquela mina mas nao sei se ela me namora...
Se sujeito homem eu fosse, faria isso. Como mulherzinha já faço...
Na sequência (sem trema), celular toca. Ex-peguete cujo celular só faz ligações a cobrar liga.
Dlondlondlondlon dlondlondlon dondondlon
Liguei de volta do sirviçu.
Hum, oi... diga...
Po, só pra te avisar que to de bobeira a semana toda. de manhã e à tarde...
Hum, tá de férias?
Não, troquei de trampo. To na entressafra.
Po, bicho, sexo diurno tá complicado... dá um perdido aí (ele tem namorada. ô novidade...)
Hum, dificil.
É. Pena né. Mas se quiser só assim tsá?
Amanhã?
Te ligo...
cri
cri
cri
aí me pergunto que mal fiz eu a Deus, Budha, Iemanjá...
* O título desse post é em homenagem a todos os doidos desse mundo. Veja abaixo pq. E segura Berenice, pois de nada mais me lembro!
sábado, 24 de janeiro de 2009
Sonhos de uma tarde de verão
Sorver-te
Sorvete
No céu da boca
No fundo da garganta
Muda
Melada
Dilatada
Enxarcada
Enxerida
Derretida
Maculada
Não falo
O falo
Desprotegido
Constante
Desconexo
No céu da boca
Que arde
E se inunda
Da tarde
Lasciva
De sol
De verão
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
O vira
E foi uma virada incrível!
Uma virada de ano. Uma virada de noite.
Uma virada de sentimentos.
Uma virada de cabeça.
Opa!
Uma virada de amor.
Uma virada de inúmeras gargalhadas.
Uma virada de página.
Uma virada de copo.
Uau!
Uma virada inesquecível.
Uma virada de paz. Uma virada merecida.
Uma virada aos 45 do segundo tempo.
Uma virada de carinho.
Oba!
Uma virada no mar.
Uma virada no céu.
Uma virada no calendário.
Uma virada de mundo.