domingo, 4 de maio de 2008

Um grito de liberdade

(Agite antes de ler)


Ah, vai, me senti bem em tripudiar...
Não me dê poderes. A mosca azul ronda a minha morada.
Não há qualquer problema em querer uma trepadinha na madrugada, longe do leito oficial...
Mas cá entre nós. Me dá uma preguiça de fazer tamanho investimento para o coito.
Se entregar ao sacrifício da depilação é quase uma sessão sadomasô. E a tal virilha cavada?

Kct.
Ui. Ai.
Dói pra caraleous. (sem trocadilho, faiçavor)

E aí depois tem que pensar no figurino, na lingerie, que diabos me acudam, nunca combina entre si. Decote? Muito desfrutável. Calça comprida? Ai, complicado demais. Saltos? Meio pretensioso pra uma noite no sofá da sala. Chinelos? Tá nem aí pro macho delivery...

Hum... (suspiro longo)

O cara insistindo, dando ali a vc uma série de razões viris para que mude de idéia.
"Faço assim. Te pego desse jeito. Puxo pra cá"...
Sei não, me dá a idéia de que estou comprando um daqueles colchões infláveis, que vc joga no chão e, de acordo com um pequeno manual paraguaio, vai tomando forma a cada bombada (Sem trocadilho, faiçavor).

Essas promessas de alcova sempre me saíram caras demais. E no fim das contas estou lá com o macho reprodutor numa posição de dar inveja aos iogues do Ashtanga. Sendo contorcida e jogada de um lado ao outro como uma integrante do Cirque du Soleil.

Ai, tá!

Se estivesse trepando não estaria escrevendo e fazendo essas considerações sobre o simples e tolo ato de copular.
É óbvio que uma cena libidinosa me faz bem. Mas são as promessas de nuvens num céu de brigadeiro é que me deixam meio cismada.
Noutra noite, por muito pouco não virei a Lucy inthe sky whith diamonds.
O macho delivery decidiu que ia queimar um fuminho antes da lascívia propriamente dita.

Hum. Ok.

Embarquei na transa "legalaize". E parecia que estava numa sessão espírita, sendo defumada por uma erva de cheiro bastante duvidoso e característico nas mãos de um pajé.
Aperta, puxa, traga, solta aquela merdalhada na minha cara.

Já não curti.

Mas, enfim, o que não fazemos por uma boa cama?
Aturei ao que o macho chamava de fumacinha psicodélica. O phoda era que o moço era o único que via cores lisérgicas na parade do meu quarto.
Como fico insuportavelmente arrogante em meu território, mandei-o de volta para sua estufa e acendi um incenso pra exterminar de vez com a presença sativa daquele ser inexplicável.

Depois dessa, durmo feliz em lençóis limpíssimos, lingerie nova, perfume creme e a virilha que se foda (Sem trocadilho, faiçavor)